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kabuki, a mais bela. |
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A imagem dessas mulheres, maquiadas de branco e vestidas em belos quimonos, sempre fascinou o Ocidente. E exemplos desse deslumbramento não faltam, tanto no cinema como na literatura: "Memórias de uma Gueixa", livro do norte-americano Arthur Golden, virou filme.
Mas essa visão cheia de glamour não ajuda a revelar quem realmente são e o que fazem as gueixas. Fora do Japão é comum que elas sejam vistas como prostitutas de luxo, equívoco que explica ao mesmo tempo o preconceito e o romantismo que as cercam.
Gueixas não têm relação com a prostituição, porém, a palavra "geisha girl" tem, e foi usada durante a ocupação americana no Japão, denegrindo a imagem delas. As gueixas entretêm por meio da cultura e das tradições, não pelo sexo. No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial, algumas se tornaram prostitutas, o que também prejudicou a imagem delas, deturpando o conceito.
Ao contrário do que muitos imaginam, um cliente que paga pelos serviços de uma gueixa muitas vezes não recebe sexo em troca. E quando isso acontece, é uma decisão que cabe quase sempre à própria gueixa.
Ser gueixa não é uma simples opção. Para se tornar mestras de entretenimento masculino, as maikos (aprendizes) precisam muito mais do que dotes artísticos e um rosto sem espinhas. Afinal, elas são treinadas para amansar os egos dos homens mais poderosos do Japão, sejam eles políticos graduados, abastados empresários ou temidos yakuzas (mafiosos). Todos milionários que não se importam em torrar fortunas, para serem inebriados em suas próprias fantasias.
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