terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Investidor do Rio vai a prefeitura denunciar campanha derrotista da mídia em relação a cidade

O advogado Alexandre Lopes e este jornalista
O Advogado e investidor Alexandre da Silva Lopes, esteve hoje na Prefeitura de Teresópolis para falar de sua preocupação com a imagem que as mídias, em geral, vem divulgando da cidade. "Estão destruindo a imagem da cidade ", dizia ele. "Só se fala na tragédia, como se a cidade estivesse morta, e não tivesse mais direito a prosperar", acrescentou. "Estou querendo construir uma pousada em Pessegueiros, mas estou com receio de não ter clientes. As TVs e rádios do Rio não tem outro assunto quando se fala em Região Serrana: Tragédia, morte, situação de risco, chuvas, etc. Eles não dizem que o centro de Teresópolis não foi atingido, por exemplo e que os serviços estão todos funcionando normalmente.
Sr. Alexandre Lopes em conversa com o
Secretário de Governo José Carlos Cunha
No Japão, um Tsuname terrível foi superado em questão de dias. O povo se uniu, não baixou a cabeça para a tragédia e reconstruiu tudo voltando a viver. Em Teresópolis, que é a cidade que eu amo, só vejo derrotismo. A cidade não tem que parar porque foi atingida por uma fatalidade. Afinal, foram 380 ml de chuva em 4 horas. Nem Nova York aguentaria!", disse ele. Conversando ainda com o sr. Alexandre, ele disse que no final de semana trouxe com sua esposa  15 crianças para conhecer seu sítio em Pessegueiros, e ficou impressionado com as insistentes ligações das mães para saber se tinha começado a chover em Teresópolis. Elas estavam apavoradas, disse. Essa é a imagem que a mídia esta construindo hoje: a cidade da tragédia, do perigo, da corrupção". Conversando depois com José Carlos Cunha, Secretário de Governo da cidade, ele sugeriu que se fizesse uma reunião com os veículos de comunicação para mudar essa postura:  "Precisamos mostrar as pessoas que a cidade esta de pé, que Teresópolis tem atrativos, que vale a pena vir até aqui porque temos bons hotéis, bons restaurantes, e muitos outras coisas para se fazer".

4 comentários :

  1. No Japão ninguem subtrai o que é de direito dos sobreviventes. O Governo tem outros principios!

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  2. A mídia tem sido solidária aos sobreviventes e denunciado o descaso que temos sofrido! Sem a mídia, nada teria sido feito, pois o centro da cidade não foi atingido! É muito fácil esta de longe e condenar, mas venha morar nos bairros atingidos e verá se temos ou não o direito de expor a situação miserável que estamos vivendo e como ninguem vê, empurra pra baixo do tapete...A mídia esta certa, o governo é que deve nos proporcionar uma reconstrução imediata, como o senhor mesmo disse,seguindo os moldes do Japão!

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    1. Prezado Sr. antes de mais nada não estou criticando a mídia quando ela ressaalta a falta de ações para atender as áreas específicas que foram atingidas. Mas, imagine se a crítica não for para regular a falta de ação em pontos necessários e urgentes. Haverá certamente dispersão de recursos e pessoal e ações necessárias não serão implementadas. Então teremos o caos. Quando é citada genericamente a "Região Serrana", sem determinar os locais das tragédias, perdemos o foco. Não sei se reparou que em muita das reportagens o a cidade na realidade era Friburgo que teve um imparto muito maior, mas mesmo assim com toda esta tragédia devemos olhar para frente, isto não é insensibilidade é bom senso. Chamo a atençaõ para o seguinte fato: se o comércio e a indústria do Município pararem de produzir e ou vender, seremos atingidos pelo desânimo e medo de investir,isso certamente destruirá a receita do município com falências que certamente virão comprometer ainda mais a falta de recursos e aumentar o desemprego. Devo esclarecer que não sou político, candidato a nada ou qualquer coisa semelhante, apenas creio que quando a imprensa passar a divulgar mensagens positivas teremos o benefício da propaganda. Porém, quando generalizam a "Região Serrana", como local de tragédia a abrangência é tão grande que cria o pânico e as ações práticas, ágeis e necessárias se perdem em discussões pouco efetivas. Da mesma forma que eu agí o Sr. deve sim ir à Prefeitura e chamar a atenção das autoridades para o local em que o Sr. vive e ou que está necessitando de ajuda. Pessoas como o Sr. que parecem conhecer o local da tragédia, podem melhor do que qualquer um, informar às autoridades os locais que necessitam de ações mais urgentes e prioritárias, sem difundir o medo traga pessoas que possam ajuda-lo.
      O medo afasta aqueles que tem a intenção de ajudar. Transmita, divulgue, junte quem queira e ou possa somar.
      Volto a repetir temos que seguir o exemplo do Japão.
      Vamos nos juntar para ajudar a todos e certamente com o apoio da imprensa.
      Atenciosamente
      Alexandre Lopes

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  3. Eu evito opinar para manter a neutralidade da informação que veiculo, mas nesse caso não posso deixar de me manifestar para dizer que endosso integralmente as palavras do DR. Alexandre Lopes. Ele não disse em parte alguma das suas declarações que devemos virar as costas para a tragédia ou para as vítimas que nós sabemos que foram muitas, mas que é preciso separar o dever de denunciar do sensacionalismo. O papel da mídia é fundamental, mas pode pecar pelo excesso, pela difusão do pessimismo. Vai ajudar a resolver o nosso problema esse excesso de exploração comercial da tragédia? A mídia esta indo muito além do sagrado dever de denunciar em busca de audiência ou de leitores, e isso nos afunda cada vez mais. É preciso perceber isso. A omissão dos governos deve ser apontada, sim, e com VEEMÊNCIA; mas paralelamente precisamos fazer alguma coisa para recuperar a economia da cidade. Sem investimentos, ou novos investimentos, por exemplo, o desemprego aumenta. Isso não torna os efeitos da tragédia ainda pior? Esta na hora de levantar a cabeça e partir para a luta. Precisamos salvar Teresópolis, a nossa querida Teresópolis!

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