Eduardo Niebus, Secretario Municipal de meio Ambiente |
Eduardo, qual a situação do Aterro Sanitário nesse momento?
- Ronaldo, em primeiro lugar nós precisamos deixar bem claro
que a gestão do aterro é terceirizada por uma empresa que passou pelo processo
de licitação. Desde que eu assumi a secretaria, já fiz cinco notificações a
empresa pelo não cumprimento dos requisitos contratuais, mas a empresa vem
recaindo nos mesmos erros de manutenção.
E o município? Vai entrar na gestão do aterro nessa fase de
transição?
- Desde a semana passada estivemos com o governador Pezão e
o secretário André Correa em busca de ajuda do Estado para sanar o problema, e
com certeza não vamos deixar a coisa do jeito que está. O município está sim,
entrando na gestão para tentar remediar as problemáticas encontradas lá até que
o Estado nos dê o apoio necessário.
De que forma seria esse apoio do Estado?
- O apoio do Estado pode ser através de máquinas, apoio
técnico, mas o que pleiteamos é que o Estado assuma o aterro para recuperação e
depois devolva ao município.
E qual é a posição do Estado nesse momento?
- Então, estivemos ontem com o coordenador de políticas de
resíduos sólidos do INEA, que esteve em Teresópolis para avaliar a situação.
Fomos ao aterro onde ele fez um levantamento e constatou que a situação do
aterro está péssima. O Secretário André Correa esta se empenhando em ajudar
Teresópolis nesse caso, junto com o governador para que tenhamos o apoio
necessário.
E a empresa terceirizada já deixou o aterro?
- Nós tivemos que interromper por 12 horas o recebimento de
resíduos particulares para que ela faça
alguns ajustes na situação e nos entregue a área melhorada. Eles nos
solicitaram isso.
E essa interrupção não causa transtorno aos transportadores?
- Sim, mas é em prol de melhorias para a cidade. O município
está assumindo o aterro, estamos trabalhando para corrigir erros e melhorar o atendimento.
Depois, é preciso lembrar que o município não tem nenhuma obrigação com
empresas particulares. O município tem sido parceiro, tem colaborado, mas não é
obrigado por lei a prestar esse serviço gratuitamente, como acontece em outros
municípios.
O município vai passar a cobrar essa deposição de resíduos
no Aterro para empresas particulares?
- Sim estamos mandando para a Câmara uma lei de cobrança,
seguindo a política nacional de resíduos sólidos e começará a haver cobrança o
mais breve possível, para que o serviço possa ser prestado com melhor qualidade
como se faz em outras cidades.
Eduardo, nós recebemos uma denúncia sobre um possível
favorecimento em que um limpa fossa teria descarregado à noite no aterro em prejuízo
de outras empresas quando o aterro estava fechado. Você foi comunicado?
- Não, mas fiquei sabendo. Eu achei uma falta de cuidado da
pessoa que fez essa denúncia, porque ela não foi formalizada junto a Secretaria de Meio Ambiente. O procedimento correto é comunicar
primeiramente a Secretaria. Vamos lembrar que a empresa que administra o Aterro
é terceirizada, não foi a Prefeitura que fez isso caso tenha ocorrido. Quero
deixar aqui um recado para a população. Se vocês pensam que as denúncias feitas
a Secretaria de meio Ambiente não vão ser apuradas, estão enganados. Todas
serão apuradas, mas é preciso que as denúncias cheguem até nós.