Estive agora na UPA atendendo ao pedido da família do Guilherme Vidal, de 24 anos, que está internado com um derrame no pericárdio (coração) correndo risco de vida. Me deparei com uma UPA bastante movimentada, e uma situação dramática, pois segundo a direção da UPA não existem leitos em CTI disponíveis nos hospitais para que o rapaz seja transferido, mesmo sendo considerado um caso gravíssimo, classificado pelos médicos como "uma bomba relógio"!
REMÉDIOS - A situação dos remédios continua a mesma: todas as gavetas vazias e familiares desesperados tendo que comprar os remédios se quiserem que os internos sejam medicados. A família do Guilherme teve que comprar também.
DIREÇÃO DA UPA - Segundo o diretor da UPA, Bruno Rezende, o município só tem 9 vagas em CTI, e não há previsão para abertura de vagas, que dependem ainda de uma avaliação da Central de Regulação da Secretaria de Saúde, que determina quem será transferido ou não quando aparece uma vaga.
RESULTADO - Diante do risco em que se encontra o Rapaz, a família na tentativa de salvar sua vida, se viu obrigada a contratar uma ambulância por 450 reais para levar o paciente para o HCT (a UPA não disponibilizou o serviço) e interná-lo no setor particular, onde irá contrair dívidas astronômicas apesar de serem todos contribuintes do SUS e viverem num país com uma das maiores cargas tributárias do mundo.
NO SETOR PARTICULAR DO HCT, EVIDENTEMENTE, TINHA VAGA!
