quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Interpol vai adotar o Manual Brasileiro de Investigação de Fugitivos. Leia mais.


A experiência brasileira na prisão de criminosos internacionais motivou a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) a adotar o Manual Brasileiro de Investigações de Fugitivos como modelo a ser seguido pelos 190 países que a integram. Até hoje, a entidade não tinha um documento que servisse de orientação para todos os países-membros.
Elaborado e adotado pela Polícia Federal brasileira desde 2002, o documento brasileiro contém técnicas de investigação, como a identificação biométrica, análise de perfis criminológicos e psicológicos e o rastreamento de criminosos por meio da chamada “difusão vermelha”, relação na qual as autoridades judiciais dos países-membros da Interpol inscrevem os nomes, as fotos e informações que possam levar à prisão e à extradição de foragidos internacionais.
Ainda de acordo com a PF, o número de criminosos foragidos presos em território brasileiro aumentou nos últimos anos, registrando uma média aproximada de 50 prisões por ano desde 2008. Só nos dez primeiros meses deste ano foram capturados 44 estrangeiros procurados pela Justiça. Durante todo o ano passado foram 51 e, em 2009, 58. Segundo a PF, o Brasil está entre os dez países que mais prendem pessoas procuradas pela Interpol. Não há, contudo, dados oficiais que permitam concluir que o país passou a ser mais ou menos procurado por foragidos nos últimos anos.Segundo a PF, a edição do manual, com a compilação dos principais procedimentos policiais, ajudou o Brasil a promover importantes capturas, como as do israelense condenado à prisão perpétua por torturar crianças Elior Noam Hem (preso em junho deste ano, em São Paulo), do norte-americano Shalon Weiss, considerado o maior estelionatário do mundo e dos traficantes colombianos Juan Carlos Abadía e Mery Valencia.
A versão adaptada do manual brasileiro será lançada nesta terça-feira, durante a Assembleia Geral da Interpol, que será realizada em Hanói, capital do Vietnã. Inicialmente, a publicação será traduzida para o inglês e para o espanhol. Versões em outros idiomas deverão ser publicadas em seguida.

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