segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Deputado Marcelo Freixo não acredita na Secretaria de Segurança. Vai sair do país.


O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) ironizou, durante o Jornal das Dez, da Globo News, a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro (Seseg). Questionado sobre a nota da pasta, que garantiu ter investigado as informações sobre ameaças de morte que tem sofrido, o parlamentar lembrou que "o mesmo procedimento também foi adotado em relação à juíza Patrícia Acioli". "Mas parece que eles erraram", alfinetou Freixo.
O político destacou não ter recebido qualquer retorno da Seseg a respeito das investigações feitas sobre as ameaças. "O José Mariano Beltrame (secretário de Segurança), com quem tenho relações Republicanas, disse que todas as ameças foram investigadas", garantiu Freixo. "No entanto, ele não me repassou nenhum resultado destes trabalhos, os quais classificou como sigilosos. Mas penso que o grande interessado em saber o que foi descoberto sou eu".
Após anunciar que aceitará o convite da Anistia Internacional e que vai deixar o Brasil por conta das ameaças de morte que tem sofrido de quadrilhas de milicianos, o deputado estadual ganhou destaque em sites de veículos de comunicação de todo o mundo.
O portal da FoxNews para a América Latina diz que "ameaças da polícia corrupta que aterroriza as vizinhanças cariocas" são a causa da ida do parlamentar para algum país na Europa, que não será revelado por questões de segurança. A matéria ressalta a presença de policiai, bombeiros e políticos como integrantes dos grupos paramilitares responsáveis pelas ameaças sofridas pelo político, que está em seu segundo mandato na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
A página da agência de notícias alemã Reuters chamou a atenção para o fato de Freixo, "um conhecido deputado estadual pelo Rio e Janeiro", ter de abandonar seu país por conta de ameaças feitas por um grupo para-militar que o próprio parlamentar foi responsável por investigar.
O inglês The Guardian, que chamou Freixo de "um veterano ativista pelos direitos humanos, conhecido por seu trabalho em presídios e favelas", chamou a milícia que ameaçou o deputado pelo menos sete vezes no último ano de "violenta e poderosa".

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