"O Governo está aberto ao diálogo e vai buscar soluções", disse o Secretário de Governo José Carlos Cunha |
Um grupo de estudantes, professores e mães de alunos esteve na Prefeitura nesta terça, 16, reivindicando melhores condições no transporte urbano de Teresópolis. À tarde, a Procuradoria enviou uma notificação às concessionárias de transporte coletivo alertando para as punições no caso de não cumprimento da legislação.
Os manifestantes foram recebidos pelo Secretário de Governo, José Carlos Cunha, que prometeu uma solução para os próximos dias. “O governo está aberto ao diálogo e vai buscar soluções para esses problemas o mais rápido possível”, disse.
As principais reivindicações apresentadas à Prefeitura são: redução no preço da passagem, fim da identificação biométrica, melhora nas condições físicas da frota, mais ônibus circulando e presença do trocador no veículo. “Motorista fazendo troco e dirigindo ao mesmo tempo é um risco que não precisamos correr”, lembrou um aluno.
A integração entre linhas do interior e as que circulam no centro - evitando que trabalhadores tenham que pagar quatro passagens por dia - e a punição da empresa quando deixar de cumprir as determinações da Prefeitura e órgãos afetos ao transporte público, também estão na pauta de reivindicações.
A professora Rosângela Castro, uma das líderes da manifestação, lembrou que os estudantes não podem ficar limitados a duas passagens por dia - ida e volta da escola - uma vez que sua presença também é exigida em bibliotecas, ginásios esportivos e outros locais onde a educação formal é complementada.
“A Prefeitura já tomou providências quanto a essa questão e vai cobrar das empresas quando a determinação não for cumprida”, informou o Secretário de Governo.
Glória Toledo, mãe de uma aluna que foi barrada quando ia para a escola, conta que fez com que o ônibus seguisse até a 110ª Delegacia, onde foi feito um boletim de ocorrência sobre o caso. Segundo ela, muitas crianças, algumas com idades entre sete e 10 anos, são deixadas nos pontos de ônibus por não portarem o cartão do RioCard, que garante o transporte gratuito. “Isso é um absurdo, as crianças ficam chorando porque os motoristas da empresa dizem que não podem deixá-las entrar. E a atualização dos cartões pode levar até dois meses. Nesse período, as crianças ficam sem aula! Crianças que mudam de escola também sofrem com o mesmo problema”, conclui.
“Nenhuma criança pode deixar de ir à escola por decisões arbitrárias de concessionárias de transporte público. Vamos tomar providências drásticas e imediatas se acontecer qualquer problema com alunos, sejam de escolas municipais ou estaduais”, afirmou o Secretário Municipal de Educação, Leonardo Vasconcellos, acrescentando que as empresas de ônibus já foram avisadas e estão permitindo o ingresso nos coletivos de crianças e adolescentes não uniformizados.
A Procuradora Rosilda de Carvalho Barbosa preparou, ainda na tarde desta terça, o texto da notificação às concessionárias de transporte coletivo da cidade, e que já foi entregue, exigindo o cumprimento da legislação em vigor sobre o serviço. “As empresas não podem, sob nenhuma hipótese, impedir a entrada de estudantes nos coletivos. Se forem registrados casos de reincidência, a Prefeitura vai punir a concessionária e, em última instância, pode abrir licitação para o ingresso de outras empresas no transporte público urbano da cidade”, concluiu.
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