domingo, 24 de março de 2013

Líderes evangélicos aderem a documento que pede a desoneração do pastor Marco Feliciano


O bispo primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), dom Maurício Andrade, e o presidente da ONG Visão Mundial, o pastor batista Ariovaldo Ramos, aderiram ao abaixo assinado promovido pela Rede Fale contra a escolha do pastor Marco Feliciano à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal. Até o momento, a Rede recolheu 153 assinaturas. 
O abaixo assinado pede aos presidentes e dirigentes das Igrejas Evangélicas que se posicionem em relação à eleição do pastor e deputado pelo Partido Social Cristão (PSC) de São Paulo. “O objetivo da carta é pressionar os dirigentes que de alguma forma contribuíram para a eleição de Feliciano para que revejam o apoio à permanência dele no cargo”, explicou a secretária executiva de Fale, Morgana Boostel.

A carta da Rede assinala que não se trata de pré-julgar o presidente recém-eleito, “mas não há como desconsiderar seus vários comentários públicos sobre negros, homossexuais e indígenas, declarações que inviabilizam a sustentação política de seu nome entre os que atuam e são sensíveis às temáticas dos Direitos Humanos”.

A Rede defende que esse cargo deva ser ocupado por alguém com profundo compromisso com os Direitos Humanos e entende que o deputado Marco Feliciano não atende a esse perfil, considerando, pois, inaceitável que ele conduza os trabalhos parlamentares sobre o assunto. O deputado foi eleito no último dia 7 de março angariando 11 dos 18 votos dos integrantes da Comissão. Doze acentos na Comissão são ocupados por pastores evangélicos.

A ONG Fale é composta por 12 organizações evangélicas e 33 grupos locais, situados em 17 Estados da Federação. Trata-se de uma rede de orientação cristã que busca, há mais de dez anos, unir indivíduos e organizações para orar e agir contra as injustiças sociais. A Rede realiza campanhas em diversos aspectos e direções. Busca, em especial, contemplar temáticas da defesa de direitos no cenário nacional e mundial, tais como saneamento ambiental, comércio internacional, educação, juventude e HIV/AIDS.


Via: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

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