Na próxima segunda, 11, às 14h, e terça, 12, às 9h, o Ministério do Meio Ambiente, a Secretaria Estadual do Ambiente e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável realizarão uma oficina de articulação para apresentar o projeto “Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica”. Destinado a gestores públicos municipais e estaduais, representantes de organizações não governamentais e de associações com ações na área ambiental, bem como ao público interessado no tema, o evento acontecerá no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Avenida Rotariana, Soberbo).
Iniciativa do governo brasileiro, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, no contexto da Cooperação Técnica e Financeira Brasil‐Alemanha por encargo do Ministério do Meio Ambiente, da Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha, o projeto prevê apoios técnico, através da Agência Alemã de Cooperação Internacional, e financeiro, através do Banco Alemão de Desenvolvimento.
A proposta é a maior integração da conservação da biodiversidade em políticas públicas de âmbito nacional, regional e local como fator‐chave para a mitigação e adaptação às mudanças do clima na Mata Atlântica, através da atuação conjunta com parceiros e outros aliados em mosaicos prioritários de unidades de conservação. Os temas que o projeto abordará são: gestão integrada de unidades de conservação, planos municipais de conservação e recuperação da Mata Atlântica, cadastro ambiental rural, restauração florestal, instrumentos econômicos, vulnerabilidade à mudança do clima e gestão de riscos.
“Seguindo a orientação do prefeito Arlei, a Secretaria de Meio Ambiente está mobilizada na busca de parcerias junto aos governos federal e estadual, e também do apoio de organizações internacionais, para a implementação de políticas públicas focadas na preservação ambiental em Teresópolis”, destaca André de Mello, secretário municipal de Meio Ambiente, que marcará presença na oficina.
Os interessados deverão confirmar sua participação na oficina através do e-mail isis.freitas@mma.gov.br com o assunto “Confirmação”, indicando nome, instituição, e-mail e telefone para contato.
Cooperação alemã em Teresópolis
A cooperação Brasil-Alemanha está presente no município desde 2009, na fase inicial de implantação do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis. Na ocasião, o Governo Alemão fez a doação de recursos financeiros, através do FUNBIO (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade), que foram utilizados na aquisição de equipamentos, como computadores e GPS, bem como na criação da identidade visual do Parque, no levantamento de uso e cobertura florestal e na pesquisa sobre a fauna da unidade de conservação.
Em junho de 2012, aproveitando a passagem ao Brasil para a Conferência Rio+20 sobre desenvolvimento sustentável, o ministro do Meio Ambiente da Proteção da Natureza e da Segurança Nuclear da Alemanha, Norbert Goriben, esteve em Teresópolis, com comitiva. Recebidos pelo prefeito Arlei na Prefeitura, os alemães conheceram as ações de preservação ambiental desenvolvidas no município e seguiram um cronograma de visitas aos locais da cidade afetados pela tragédia de janeiro de 2011, bem como a áreas de preservação, como o Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
Em 2013, entre os meses de julho e outubro, foi realizado no município o estudo intitulado ‘Percepção social de risco associados a fenômenos extremos para identificação de medidas de adaptação às mudanças climáticas baseadas nos ecossistemas da Mata Atlântica’. Encomendado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ Brasil), o projeto foi realizado pelo Centro de Treinamento Avançado em Desenvolvimento Rural, da Universidade Humboldt de Berlim, e por equipe do Curso de Mestrado em Práticas e Desenvolvimento Sustentável da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), com coordenação local da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O objetivo foi alertar para as áreas de vulnerabilidade geográfica no município, segundo a percepção da população local.
Quatro aspectos definiram as áreas de atuação da pesquisa: vulnerabilidade, serviços ecossistêmicos, responsabilidade e possibilidades. No geral, foi avaliada a necessidade da adoção de medidas como o uso dos meios de comunicação nas comunidades, um mutirão de reflorestamento e oficinas que ativem o senso de proteção ambiental nas pessoas.
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