A Publicação do jornal O Diário, chama atenção para o grave problema da fidelidade negociada politicamente, engessada, que grande parte das vezes fere interesses legítimos em detrimento de interesses escusos ou da simples indiferença. No caso em questão, o alinhamento do Deputado Nilton Salomão ao Governador do Estado, alinhamento que o teria obrigado a abandonar uma votação que tinha como tema o tombamento a nível estadual de patrimônios históricos de Teresópolis referentes a antiga Estrada de Ferro, conforme relatou Wanderley Peres na sua denúncia.
Essa mesma atitude, talvez explique o silêncio do deputado sobre a questão das casas populares, cuja verba já foi liberada há tempo pela Federação mas o Governo do Estado parece ignorar alegando a existência de "burocracias" que nunca acabam. Porque não vemos o ilustre deputado usar a tribuna da Alerj para censurar o Governador pela sua indiferença para com as vítimas da tragédia, com a mesma contundência com que ataca as contas de campanha de um adversário político? Porque não o vemos cobrar dele, com veemência, providencias consistentes em relação a tragédia social que enfrentamos com essa enorme quantidade de desabrigados? Porque não o vemos cobrar insistentemente a construção das casas populares e o pagamento das indenizações?
É necessário que moradores locais se reúnam a moradores de outros municípios na porta do Palácio Guanabara para cobrar empenho do Governo Estadual, quando temos um deputado teresopolitano que faz parte da base aliada do Governador?
Porque nosso representante não estava lá, nem ao menos para oferecer apoio aos manifestantes?
O que tem o ilustre deputado a ganhar numa ponta com o silêncio e a pusilanimidade em relação a essas questões, temos na outra sempre algum tipo de perda para a cidade.
A manchete que encabeça a matéria, é digna de severa reflexão, mesmo que não expresse a conduta do deputado como um todo.
Precisamos saber se o político que colocamos na Alerj para defender nossos interesses, corresponde mesmo as nossas expectativas, ou se temos apenas um fantoche transvestido de deputado que hora nos serve ora não, dependendo de para que lado penda a balança do governador. Eis a questão.
Nenhum comentário :
Postar um comentário