Desde a criação dos "correspondentes bancários" as agencias lotéricas praticamente tornaram-se agencias bancárias com horários diferenciados e com muito menos segurança do que os próprios bancos. A visão seria a de facilitar a vida do usuário, mas se analisarmos um pouco mais detalhadamente, veremos que esta tem sido uma forma indireta dos bancos de faturar mais evitando de forma estratégica as despesas com os custos envolvidos para se manter uma agência bancária com toda sua estrutura e os altos salários de seus funcionários, isso porque, sabe-se que um agente lotérico não recebe o mesmo valor de um caixa de banco e não tem as mesmas garantias de condição de trabalho defendida pelo sindicato dos bancários, apesar de ter tanta responsabilidade e trabalho quanto um caixa de banco.
Outro ponto polêmico é quanto a segurança dos funcionários e clientes das agências. Diariamente centenas de pessoas são expostas pela falta de segurança, correndo riscos eminentes de assalto. Fazendo uma breve comparação, enquanto os bancos tem portas com detetor de metais, segurança armada, e recentemente uma lei proibiu o uso de aparelhos eletrônicos no interior de suas agências como forma de se evitar o famoso golpe da "saidinha de banco", as lotéricas não possuem de nenhum dispositivo de segurança, nem tão pouco de segurança armada. Algumas contam com apenas circuito interno de TV que servem apenas para possíveis registro das imagens.
Embora até o momento não termos notícias de assaltos a agências lotéricas na cidade envolvendo ainda seus clientes o perigo é eminente e é bom que os bancos revejam seus conceitos quanto as operações nas lotéricas ou que sejam implantados dispositivos de segurança eficazes e melhores condições de trabalho aos funcionários destes "correspondentes bancários" com jogos de loteria.
(Matéria de Alexandre Paim)
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