segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Morte de taxistas em Teresópolis: o problema e a solução.

Pira costumava apanhar passageiros no HCT.
Foto: Claucio Mizael

A morte do taxista conhecido como "Pira" - segunda em 1 semana - deixou em alerta máximo a categoria, que devido as condições de trabalho, se vê completamente indefesa contra esse tipo de crime. O assassino, um jovem de apenas 18 anos que se disse viciado em drogas e que para adquirir mais drogas revolveu cometer o crime, matou dois taxistas da mesma forma: com um tiro na nuca. Que tipo de defesa pode ter um pai de família que trabalha nessas condições? De costas para o passageiro, sem poder revistá-lo para ver se carrega algum tipo de arma e totalmente vulnerável ao fator surpresa? Para o criminoso, essa parece ser a vítima mais fácil do mundo, além de, pela natureza do seu trabalho, ser alguém que certamente carrega sempre algum dinheiro. Por mais que se intensifiquem as Blitz policiais, por mais que se retirem criminosos das ruas, será sempre impossível oferecer proteção segura a quem trabalha no táxi.. É só apanhar o passageiro errado e pronto!

Não adianta pensar em solução policial. Também não se pode contar com a sensibilidade do motorista para identificar passageiros potencialmente perigosos, porque muitos já erraram acreditando que sabiam fazer isso e acabaram mal. A única solução para os taxistas que trabalham por conta própria - diferentes daqueles que trabalham para cooperativas e só pegam passageiros identificados - é a cabine blindada, que isola taxista e passageio durante todo o percurso. Recentemente, por causa do grande número de assaltos a taxistas em Manaus, o sistema começou a ser implantado naquela capital.  Como o custo é alto, cerca de R$ 4 500,00 reais, o governo disponibilizou uma linha de crédito especial para ajudar os taxistas. Não é muito cômodo, mas é muito mais seguro, e nos parece a única solução para desestimular esse tipo de crime.


Vejam no vídeo da W1Tv de Manaus, a matéria sobre as cabines.



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