Roupas e brinquedos são os principais itens de compra para este Natal e eles lideram a lista de presentes de todas as classes sociais, apontam duas pesquisas divulgadas ontem. Como esses são itens de menor valor comparados com eletrônicos e eletrodomésticos, há indícios de que o faturamento deste Natal não deve ter forte expansão.
Segundo o Instituto Data Popular, a intenção de compra de roupas é superior a 40% para as classes alta e média e de 23% para classe de menor renda. No caso dos brinquedos, os porcentuais de intenção de compras estão na faixa de 30% para os consumidores das classes alta e média e de 21% para a classe com menor poder aquisitivo. A pesquisa classifica como classe alta famílias com renda mensal superior a R$ 3,876; classe média, entre R$ 1.110 e R$ 3.875; classe baixa, com renda familiar abaixo de R$ 1.109.
Sondagem de Natal da Fundação Getúlio Vargas aponta roupas, com 43,6%, e brinquedos, com 21,1%, os itens preferidos pelos consumidores. No ano passado, roupas e brinquedos lideraram a lista de compras, só que com porcentuais maiores.
Na opinião de Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, embora a classe média ainda esteja quitando dívidas, isso não será obstáculo para ir às compras.
De toda forma, os prognósticos dos comerciantes levam em conta projeções moderadas de crescimento de vendas. Sondagem da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio- SP) com 146 empresas na cidade de São Paulo mostra que os empresários projetam crescimento de 3,8% nas vendas em relação ao faturamento do ano anterior. A Associação Comercial de São Paulo reviu esta semana de 4% para 3% a projeção de crescimento nas vendas.
Fábio Pina, assessor econômico da Fecomércio- SP pondera que, diante do tamanho da amostra, os resultados da sondagem geralmente são conservadores. "Nossa projeção é de um crescimento de vendas entre 5% e 6%", diz o economista, ressaltando que o emprego e a renda em alta devem garantir esse resultado.
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