sábado, 3 de março de 2012

Vereador de São Paulo propõe a criação de banheiro unissex para uso dos LGBT

Carlos Apolinário (DEM) apresentou uma proposta um tanto polêmica na Câmara Municipal de São Paulo.  O vereador propõe a criação de um banheiro unissex em estabelecimentos comerciais para evitar o constrangimento de gays, lésbicas, bissexuais e travestis que são barrados de usar banheiros masculinos ou femininos.
O projeto apresentando na terça-feira, 7, tenta diminuir os casos de discriminação como o ocorrido com o cartunista Laerte Coutinho, 60 anos, que é travesti mas foi impedido de usar o banheiro feminino de uma padaria na zona oeste da capital. Pelo projeto do vereador evangélico ter um banheiro unissex seria a terceira opção para os usuários.
“Ainda que muitos não concordem, homens e mulheres têm o direito inalienável de seguir essa ou aquela orientação sexual. É o que se chama livre-arbítrio. Mas os direitos de uns não podem ferir os direitos de outros. Impor o seu direito aos demais é ditadura, o que não pode ser tolerado”, afirma Apolinário, no texto de justificativa de seu projeto.
Para o vereador, autor da proposta do “Dia do Orgulho Hétero”, além de evitar constrangimento para homossexuais e travestis o banheiro unissex também serviria para não constranger as outras pessoas.  ”Se a moda pega, qualquer pessoa que se declarar homossexual, ou estiver vestido de mulher, poderá entrar no banheiro feminino, constrangendo senhoras, adolescentes e até crianças.”
O discurso de Apolinário, apesar de apresentar uma proposta para a melhoria dos homossexuais, tem um tom de segregação.  ”Já recebi relatos de casos semelhantes na capital. Os gays no Brasil são muito folgados. Eles querem privilégios, e isso não pode acontecer. Como a sociedade caminha para essa abertura sexual, acho natural criarmos uma opção unissex. O que não é possível é minha mãe entrar em um banheiro e encontrar um homem vestido de mulher”, ressalta.
Em sua proposta o banheiro unissex precisaria ser criado em shoppings, supermercados, restaurantes, cinemas e demais locais de diversão. Mas antes de ser votado, o texto têm que passar pela Comissão de Justiça e somente se for aprovado pelos demais vereadores é que será sancionado ou não pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Com informações Estadão

Um comentário :

  1. É de estranhar que um Vereador que se diz 'evangélico" entre nesta polêmica. Ele sabe perfeitamente que para agradar aos eleitores, esta se colocando contra os ensinamentos bíblicos. Na Bíblia só existem "homem e mulher", Deus não criou um 3º sexo, nem de barro e nem da costela de adão. E ainda considerou o homosexualismo abominação aos olhos de Deus! Ele é uma vergonha para os que realmente se consideram evangélicos e seguem os preceitos da religião.
    Enquanto homem,independente de sua "opção sexual" deve usar o banheiro masculino, se mulher o feminino, ou então a medicina terá que assumir o 3º sexo e constar na certidão de nascimento - Menino, menina ou gay.

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