terça-feira, 29 de outubro de 2013

Debate sobre homofobia já chegou as escolas. Secretaria de Educação reúne orientadores, coordenadores e convidados para discutir direitos e liberdades individuais.

Com o objetivo de se construir uma Escola que respeite a diversidade e não tolere situações de bullying e desrespeito as minorias, a Secretaria Municipal de Educação recebeu seus orientadores pedagógicos do segundo segmento, coordenadores do projeto Mais Educação e convidados, em seu auditório no Ed. Apa, para discutir aspectos dos direitos e liberdades individuais. 
O encontro foi conduzido por profissionais do Programa Rio Sem Homofobia, do governo do Estado do Rio de Janeiro.

“Não viemos discutir se a pessoa gosta ou não da homossexualidade, bissexualidade e das questões ligadas à identidade de gêneros. Viemos falar da homofobia, que significa a intolerância em relação à diversidade sexual e de gêneros. Ser homofóbico significa repudiar, odiar, discriminar, temer ou ter aversão a lésbicas, gays, travestis e transexuais. E essa atitude infelizmente está ligada à violência”, explicou Sula Dutra, psicóloga do centro de referência Serrana 1.
O encontro teve como finalidade fornecer elementos teórico-práticos para que os profissionais de Educação possam pautar o exercício de suas atividades no respeito aos direitos e liberdades individuais, conscientizando-se de sua capacidade de promover e proteger os direitos humanos das minorias. Para isso, foram abordados aspectos teóricos, legais e de saúde.
“Essa não é apenas uma questão de Teresópolis ou Rio de Janeiro, mas cultural. Nós educadores determinamos para nossos alunos o que pode ou não ser debatido na escola. Não se pode formar pessoas éticas e sem preconceitos, sem levantar certas questões”, lembrou a professora Adriana Vital Santana.
No Brasil, a homofobia ainda não é tipificada como crime, como já acontece com o racismo, a violência contra a mulher, a criança e os idosos. Contudo, mesmo que não haja legislação específica, a Constituição Brasileira ampara os direitos fundamentais de todas as pessoas.
“O que precisamos é que a sociedade aprenda a se comunicar de uma forma mais amável, uns com os outros. E tudo começa com o professor. Além da violência física, o preconceito e a discriminação contra população de lésbicas, gays, travestis e transexuais restringem os direitos de cidadania. Um ambiente de violência gera violência e o educador não pode permitir que isso aconteça em sua sala de aula”, alertou a assistente social Ana Lívia Ramalho.
Para finalizar, o presidente do Grupo Diversidade Teresópolis, Luciano Lima, lembrou que o Centro de Cidadania LGBT – Serrana 1 está à disposição para dúvidas e orientações através do e-mail:friburgo.lgbt@hotmail.com ou do telefone (22) 25237907. “O Programa Estadual Rio Sem Homofobia visa combater a discriminação e a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, e promover a cidadania dessa população no Estado, respeitando suas especificidades através da informação”, resumiu Luciano.

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