segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ativistas dos direitos humanos querem a abertura dos arquivos da ditadura militar


A tortura como método de investigação, ainda é uma realidade
da polícia brasileira. Na foto, o pau-de-arara, método cruel muito
utilizado durante a ditadura militar.
Ativistas dos direitos humanos reunidos no 16º Encontro Nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, querem a abertura dos arquivos da ditadura militar.
A representante da Comissão de Familiares Mortos e Desaparecidos Políticos, Rosalina Santa Cruz Leite, disse que organização popular é essencial para que a Comissão da Verdade cumpra a tarefa de esclarecer a verdade histórica. “Esse trabalho pode resultar em uma simples reunião de fatos já conhecidos, apenas para cumprir com a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos. As forças conservadoras não querem essa comissão, senão ela já teria sido feita em outros governos, como outros países fizeram”.
Não podemos deixar de reconhecer, no entanto, que o capital e o Estado continuam sendo os principais violadores dos direitos humanos”, avaliou Renato Simões, conselheiro do MNDH.
Para Benedito Mariano, secretário de Segurança Urbana de São Bernardo do Campo, o papel dos movimentos sociais na crítica aos governos é fundamental. “Mesmo que as pessoas que estejam no Estado sejam nossos companheiros, o discurso de denúncia de violações aos direitos humanos não podem ser relativizados. Esse é o desafio”.
Mariano propôs, ainda, que os movimentos de direitos humanos se dediquem à tarefa de pautar um modelo de segurança pública condizente com democracia. “A polícia tem um modelo repressor que ainda é ditatorial”.

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