A licitação para a contratação de empresa responsável pela construção das moradias acontece nas próximas semanas e, segundo o prefeito Arlei, a previsão é que a firma vencedora dê início às obras em setembro. O prazo para a conclusão é em torno de 14 meses. O município já estuda, para o final do ano que vem, fazer uma nova aquisição de terreno em outra localidade, para a construção de mais unidades habitacionais populares.
As unidades habitacionais serão destinadas prioritariamente aos moradores do Rosário, área sujeita a deslizamentos de terra e de pedra, o que obriga as famílias a deixar suas casas nos períodos de fortes chuvas e a procurar abrigo em escolas, creches e igrejas próximas. O critério de seleção das pessoas que serão contempladas levará em conta quem reside nos locais que apresentam maior risco; o trabalho será feito pela Defesa Civil, com o apoio da secretaria de Desenvolvimento Social, entre outras.
A Prefeitura aguarda o início das obras, por parte do Estado, das 1.650 casas populares na Fazenda Ermitage. Segundo anunciado pelo Governo Estadual, a previsão de início é para as próximas semanas. Inclusive, também foi anunciada recentemente a possibilidade de construções em outros locais, no interior do município.
No entanto, o prefeito Arlei afirmou que não poderia mais esperar e decidiu tomar a iniciativa de, com recursos próprios, construir as 120 novas unidades habitacionais. “Sabemos que o Estado está trabalhando firme para iniciar a construção das 1.650 unidades na Ermitage. No entanto, o povo de Teresópolis não podia mais esperar e, por isso, tomamos a iniciativa de construir estas 120 casas para atender moradores do Rosário e bairros próximos, que residem em áreas de risco”, disse o prefeito.
O prefeito conversou longamente com representantes das comunidades próximas, como Perpétuo, Pimentel, Rosário e São Pedro. Arlei mostrou a planta, que prevê a construção de três blocos de edifícios, com 32 apartamentos cada, mais um bloco com 24 unidades, totalizando 120 novas moradias.
O presidente da associação de moradores do Rosário, Valdecir Paim Alves, acompanhado por lideranças comunitárias como Luiz Carlos Aragão e Marquinhos Borges, e vizinhos do terreno, conversaram com o prefeito Arlei e puderam conferir detalhes do projeto. “É importante que as famílias possam ser colocadas em locais seguros e tenham as moradias próximas de onde residem atualmente. Estamos todos muito felizes com o prefeito Arlei que, além das casas, já vem realizando obras necessárias de infraestrutura no bairro”, afirmou Valdecir.
Já o morador Marquinhos Borges lembrou que várias famílias são obrigadas a sair de casa toda vez que chove forte. “É muito ruim ver as famílias tendo que deixar as residências no meio da noite e serem encaminhadas aos abrigos. Certamente a construção das casas populares vai resolver este problema”. opinou. “Espero sinceramente ser contemplada com uma moradia, já que minha residência está em uma área muito perigosa e temos sempre que ficar nos deslocando para fugir da chuva”, comentou a moradora Deise.
O secretário de Governo, José Carlos Cunha, também conversou com moradores da localidade e lembrou que o município está aberto a ouvir todas as reivindicações da comunidade. “Estamos aqui para mostrar nosso projeto das casas populares e também para ouvir os moradores e suas reivindicações. Precisamos estar perto da população para que os problemas das comunidades possam ser resolvidos”, disse Cunha.
Alto risco
De acordo com o Coronel Roberto Silva, Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, muitas famílias do Rosário estão em situação precária e precisam ser realocadas. “A comunidade conta com várias moradias que estão em situação de risco, e é providencial a construção dessas 120 casas pelo prefeito Arlei, para que possamos realocar estas famílias”, afirmou.
Desde o mês de janeiro a Defesa Civil Municipal vem demolindo as casas do Rosário que se encontram interditadas e desocupadas, e encaminhando as famílias ao programa de aluguel social. A ação atende a recomendação do Ministério Público Estadual, visto que o Rosário é considerado área de alto risco geológico pelo DRM (Departamento de Recursos Minerais). De acordo com o serviço geológico do estado do Rio de Janeiro, a comunidade está sujeita a rolamento iminente de pedras e escorregamento de terra, inclusive em período de pouca chuva, devido à instabilidade do maciço da Serra dos Cavalos, onde se encontra localizada.
O prefeito Arlei encerrou a visita lembrando que há muito ainda a ser feito. “Estamos iniciando um trabalho, não só de construção das primeiras casas, como também de resolver outros problemas nas comunidades. Vamos construir uma nova escola no bairro São Pedro nos próximos meses, já está tudo certo, e também estamos fazendo diversas obras aqui no bairro”, concluiu o prefeito.
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