Depois da demolição, em janeiro, de nove casas interditadas e desocupadas, localizadas em área de risco na parte mais alta do Rosário, equipes das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Defesa Civil e de Fiscalização de Obras Públicas retornaram à comunidade nesta terça-feira, 26. Os funcionários públicos estão demarcando outros imóveis para demolir. O trabalho é acompanhado por voluntários do NUDEC - Núcleo Comunitário de Defesa Civil - instalado no local.
A ação segue recomendação do Núcleo Teresópolis do Ministério Público Estadual, visto que o Rosário é considerado área de alto risco geológico pelo DRM (Departamento de Recursos Minerais), serviço geológico do Estado do Rio de Janeiro. Segundo o órgão, a comunidade está sujeita a rolamento iminente de pedras e escorregamento de terra. Inclusive em período de pouca chuva, devido à instabilidade do maciço da Serra dos Cavalos, onde se encontra localizada.
São casas vazias, cujos proprietários têm termo de interdição da Defesa Civil e estão cadastrados para receber aluguel social do Governo do Estado. Na última semana, equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social esteve na comunidade conversando com os moradores e esclarecendo dúvidas sobre o auxílio moradia.
De acordo com o Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Coronel Roberto Silva, os próprios moradores têm procurado o poder público para autorizar as demolições. “Primeiro identificamos o imóvel, marcamos, medimos e filmamos; na próxima etapa, equipe da Secretaria de Obras e Serviços Públicos entrará com a demolição”, explica Roberto Silva “Quero deixar bem claro que o imóvel, de pé ou demolido, não impede que os moradores venham a obter todos os seus direitos, no futuro. Pelo contrário, esse documento que a Prefeitura entrega materializa o estado anterior em que a casa estava”, esclarece.
A moradora Simone Gomes de Souza já tem laudo de interdição e se cadastrou para receber o aluguel social do poder público. Ela reconhece a importância da atuação preventiva da Defesa Civil no Rosário. “Quando chove todo mundo fica com medo e, quando a chuva é forte, a gente tem que sair de casa e procurar um ponto de apoio. Não dá pra viver sempre com medo”, desabafou.
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