terça-feira, 19 de junho de 2012

Caso Cachoeira: "'Ameaças a juiz federal são de gravidade incomum", diz presidente do Supremo

Ministro do STF Carlos Ayres Britto
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, afirmou serem de "gravidade incomum" e "qualificada" as ameaças veladas feitas ao juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava o processo contra o contraventor Carlinhos Cachoeira, e que o levaram a abandonar o caso. "Não se pode ameaçar do ponto de vista físico, moral ou psicológico nenhum julgador e sua família", afirmou.
A corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirmou que ouvirá o juiz Moreira Lima e questionará o Tribunal Regional Federal da 1ª Região se foram adotadas providências para proteger o magistrado ou se o tribunal simplesmente aceitou seu afastamento do cargo.
Juiz deixou o caso alegando ameaças e
contestação dos colegas
À corregedora, o juiz federal Moreira Lima afirmou que, além das ameaças veladas, seu trabalho era contestado pelos colegas de tribunal, especialmente sobre a legalidade das provas obtidas no curso das investigações.
O juiz federal que herdaria o caso, Leão Aparecido Alves, tem ligações pessoais com um dos investigados. Por isso, em entrevista à TV Anhanguera, ele afirmou que se declarou suspeito e que não assumirá os rumos da investigação.

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