Foto feita com celular mostra caos. |
São 21h25 e há dez minutos vi uma cena que nunca vou esquecer: o Rio de Janeiro de quatro.
Estava voltando da produtora, em São Conrado, de carona com o Lins, quando notamos que o trânsito no sentido contrário, para Barra, estava interrompido. Entre as duas galerias do túnel Zuzu Angel, na parte a céu aberto, começamos a ver policiais a pé e carros abandonado pontuando a pista.
Os sinais eram claros, um arrastão tinha acabado de acontecer. Por questão de minutos — e muita sorte — não estávamos no local errado, na hora errada.
Dentro do túnel a cena era desoladora. Entre os carros abandonados, alguns de porta aberta, estilhaços de para-choques fruto das batidas de motoristas tentando fugir de ré. Com o túnel fechado, um engarrafamento gigantesco dá um nó na cidade nesse momento.
A sensação foi a de atravessar um set de filmagem de um desses filmes catástrofes, com a diferença de que era real. Em meio ao caos um funcionário da Cet-Rio anunciava que o túnel estava liberado e chamava os motoristas para retornar aos carros para que o trânsito possa voltar a fluir.
Na saída do túnel, os mostradores eletrônicos intercalavam informes do trânsito com a mensagem “Olimpíadas 2016. Rio, cidade candidata”.
É inacreditável a cegueira que toma conta desse lugar.
"Por Bruno Natal"
Nenhum comentário :
Postar um comentário