Chavez sabe, como todos os populistas, que comprar votos é mais fácil e mais barato do que fazer mudanças estruturais. |
De volta à cena pública, depois de meses em tratamento contra o câncer, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta sexta-feira a criação de um novo programa social para erradicar a pobreza no país, nos moldes do Bolsa Família.
O projeto "Filhos do meu povo", que unifica os antigos programas sociais, prevê que até três filhos de cada família em situação de extrema pobreza recebam, cada um, 430 bolívares (o equivalente a US$ 100 ou R$ 188) por mês.
Com um investimento equivalente a R$ 4,3 bilhões em 2012, a medida é lançada a menos de um ano das decisivas eleições presidenciais. Chávez pretende disputar mais uma reeleição, para um terceiro mandato presidencial.
Segundo Chávez, o programa permitirá ao país "acabar com a miséria e o atraso".
O programa priorizará cerca de 800 mil mulheres grávidas, além de crianças ainda nos primeiros anos de vida.
O beneficio também será estendido a cerca de um milhão de jovens de até 17 anos. Famílias cujos filhos tem deficiência física receberão ajuda no valor de 600 bolívares (o equivalente a US$ 139,50 ou R$ 263), sem limite de idade.
Uma das condições para o recebimento do benefício é manter as crianças na escola e, no caso das gestantes, acompanhar a rotina médica pré-natal.
"Essa missão é só uma ponte para passar a um estado de vida superior com seu próprio esforço, através do trabalho produtivo e criador", afirmou Chávez. Analistas e críticos do populismo Luliano e Chaviniano, entretanto, afirmam que o que acaba com a pobreza e a fome de um povo, não é a esmola (bolsa-família), que tem os olhos presos no voto, mas a instauração de um estado de justiça social plena, onde a divisão de bens seja feita com honestidade e sem corrupção.
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