Foi preciso usar britadeiras para romper concreto e resgatar armas na Rocinha

Armas estavam debaixo de 1 metro e meio de
concreto.

No segundo dia de ocupação das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu (zona sul do Rio), a polícia achou granadas, fuzis, revólveres, munição, coletes e rádios transmissores embalados e enterrados a dois metros e meio da terra. Cerca de 1.500 policiais fazem uma varredura nas três áreas.

Parte do material enterrado estava em um local conhecido como Vila Verde, na Rocinha. A polícia chegou ao local por meio de informação da inteligência. Foi preciso o apoio da Secretaria Municipal de Obras, que enviou oito operários com britadeiras para o local. Uma camada de um metro de concreto teve de ser rompida. O trabalhou durou mais de quatro horas.

Havia 14 granadas, quatro fuzis, cinco pistolas, nove rádios-transmissores, cinco coletes, uma faca cinco pistolas, cocaína (em quantidade a ser pesada), entre outros.

Em outro ponto, conhecido como Dionéia, havia mais 24 armas enterradas: dois fuzis calibre.30, oito fuzis G3, uma AK-47, três fuzis FAL, um fuzil M16, sete fuzis AR-15, uma carabina calibre.30 e uma espingarda calibre 12. Também havia sete pistolas, dois lança-rojões, duas granadas e 25 kg de cocaína.

Também na Rocinha, policiais receberam a dica de uma idosa e foram até uma casa abandonada na Rua 2. Lá, o Bope encontrou um laboratório de refino de cocaína. Outro morador informou a existência de uma arma em um terreno vazio.

Ajuda

O comandante-geral da PM do Rio, Erir Ribeiro Costa Filho, disse que a expectativa agora é de a população "passar a acreditar no trabalho das polícias e comece a dizer onde estão as armas e as drogas". "Deve ter armas escondidas na Rocinha? Tem. Deve ter droga escondida? Tem. Deve ter elementos que se encontram homiziados aqui? Tem", afirmou Costa. Seis suspeitos foram presos.

No total, foram apreendidos até agora 120 quilos de maconha, 60 quilos de pasta base de cocaína e 160 quilos de cocaína refinada.