Funcionários dos Correios recebiam R$ 200,00 por cartão desviado. 250 policiais federais integraram a operação. |
O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo denunciou 42 pessoas à Justiça Federal. A acusação é que estas pessoas eram integrantes de três quadrilhas que desviavam cartões de crédito de três centros de triagem dos Correios na capital.
De acordo com o Ministério, estima-se que o prejuízo causado pelas quadrilhas, apenas com cartões da Caixa Econômica Federal, supere R$ 3,3 milhões, mas outros bancos também foram vítimas do esquema. Essas denúncias são resultado da Operação Crédito Fácil, realizada pela Polícia Federal no dia 9 de novembro.
Os cartões eram utilizados para comprar produtos de alto valor agregado e contratar empréstimos bancários.
Outra ação das quadrilhas era a clonagem de cartões com a ajuda de equipamentos instalados nos caixas eletrônicos.
Quadrilhas
De acordo com as procuradoras da República que assinam as seis denúncias relativas ao caso, Carolina Lourenção Brighenti, Cristiane Bacha Canzian Casagrande e Marta Pinheiro de Oliveira Sena, as três quadrilhas são independentes. Segundo elas, cada quadrilha operava em uma região diferente da cidade de São Paulo, ligada a um centro de distribuição dos Correios: Jaguaré, Saúde e Vila Carrão, com uma pequena ramificação em um centro de distribuição dos Correios em Guarulhos.
De acordo com as procuradoras da República que assinam as seis denúncias relativas ao caso, Carolina Lourenção Brighenti, Cristiane Bacha Canzian Casagrande e Marta Pinheiro de Oliveira Sena, as três quadrilhas são independentes. Segundo elas, cada quadrilha operava em uma região diferente da cidade de São Paulo, ligada a um centro de distribuição dos Correios: Jaguaré, Saúde e Vila Carrão, com uma pequena ramificação em um centro de distribuição dos Correios em Guarulhos.
Com a atuação dentro dos Correios, foram denunciados três empregados dos Correios, que eram os responsáveis diretos pelo desvio das correspondências que continham os cartões de crédito e débito, além de dois funcionários terceirizados dos correios e um ex-funcionário, demitido por justa causa. Entre os demais denunciados, alguns possuem mais de um número de CPF e muitos já respondem por outros crimes.
Mesmo se tratando de quadrilhas independentes, o MPF afirmou que a venda dos cartões abrange a respectiva correspondência, que por conter dados preciosos dos correntistas, serviam como ferramenta para realização do desbloqueio do plástico junto à instituição.
Investigação
A desmontagem das três quadrilhas faz parte de uma parceria entre a CEF, MPF e Polícia Federal, que desenvolveram um software para investigar fraudes bancárias contra a Caixa.
A desmontagem das três quadrilhas faz parte de uma parceria entre a CEF, MPF e Polícia Federal, que desenvolveram um software para investigar fraudes bancárias contra a Caixa.
Além disso, escutas telefônicas judicialmente autorizadas e investigações de campo realizadas pela Polícia Federal ajudaram a gravar todo esquema de atuação dos denunciados.
De acordo com o MPF, as quadrilhas eram estáveis e bem organizadas, tanto que eram divididas em hierarquia com nítida divisão de funções e calcadas na infiltração de alguns de seus membros na administração pública.
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