Diminuir a evasão de jovens e adultos da escola é a maior preocupação da Secretaria Municipal de Educação de Teresópolis. Carla Rabello, diretora do Departamento de Educação, conta que as mudanças no perfil dos alunos, especialmente da Educação de Jovens e Adultos, o antigo supletivo, fez com que a escola oferecesse mais do que “ensino”.
Além das aulas regulares, os estudantes matriculados no EJA podem se inscrever em oficinas de trabalho e de arte (como grafite, dança, curso para garçom, manicure, cabeleireiro, cursos de inglês e espanhol, de técnicas de secretariado). A condição para participar do projeto é ter boa frequência nas aulas regulares.
As parcerias estabelecidas com conselho tutelar e Ministério Público também têm sido importantes, segundo ela. Se as crianças faltam muitas vezes sem justificativa, a Promotoria da Infância logo é acionada. Agora, uma nova aliança está sendo desenhada com o Ministério Público do Trabalho. Ainda há muitas crianças trabalhando nas lavouras da região.
Carla diz que os resultados são positivos. “Só a educação não resolverá esses problemas. É preciso envolver o Poder Judiciário, a assistência social, as secretarias de mulheres, de saúde e a sociedade civil como um todo”, admite.
“A escola pública no Brasil está passando por um momento de muita fertilidade. Apesar de toda a campanha de que a educação não é de qualidade, que os professores são ruins, eu vejo pessoas se envolvendo, se movimentando, combatendo problemas do dia a dia”, avalia. Carla acredita que a escola deve ser “ponto de partida para receber a diversidade das famílias e não só ser ponto de transmissão de conhecimento acumulado”. “É um desafio”, define. (Extraído do site "Todos pela Educação").
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