Já somam 39 o número de atentados protagonizados pela organização criminosa denominada de Primeiro Grupo da Capital (PGC) e que está infiltrada entre detentos de diversas prisões de Santa Catarina. Os atentados que iniciaram na noite da última quarta-feira, tiveram sequência na noite de sexta-feira e nas madrugadas de sábado e domingo na região Norte de Santa Catarina e também no Sul.
Em Joinville, por volta das 23 horas de sábado, dois homens, em uma moto, usaram gasolina para incendiar um ônibus jogando gasolina nos pneus. Outro veículo, da empresa Gideon, também foi incendiado no bairro de Fátima. Os atentados se sucederam na região Sul, onde, em Criciúma, na madrugada de sábado, um ônibus fretado foi incendiado após ser atingido por um coquetel molotov. Na sexta-feira, por volta das 22h30, outro ônibus da empresa Forquilhinhas, que transportava trabalhadores da região, foi completamente destruído ao ser atingido pelo mesmo artefato inflamável lançado por bandidos no interior do veículo.
As cidades de Florianópolis, Joinville, Blumenau, Criciúma, Jaraguá do Sul, Gaspar, Itajaí, Camboriú, Palhoça e Balneário Camboriú estão entre as que sofreram os atentados pela organização criminosa. Os atentados vêm provocando tensão na população. O clima de incerteza tomou conta das cidades. Os órgãos de segurança estão em alerta máximo.
Pelo menos 22 pessoas já foram detidas sob a suspeita de participação nos atentados até este sábado. Jovens, entre 15 e 18 anos, estão entre os detidos. No celular de um dos presos, policiais encontraram uma mensagem que ordenava os atentados. A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina suspeita que a ordem para os ataques tenham partido de dentro dos principais presídios. Um vídeo, divulgado na manhã deste sábado, gravado por uma câmera de segurança da penitenciária de Joinville seria o estopim da onda de atentado em Santa Catarina.
As imagens datadas do dia 18 de janeiro, mostram um grupo de 13 agentes policiais vestidos de preto e equipados com forte armamento e capacetes que, durante operação pente-fino, dispararam tiros com bala de borracha, estouraram bombas de efeito moral e lançaram gás de pimenta no rosto de um grupo de aproximadamente 40 detentos praticamente nus em um pátio. Os agentes já foram identificados e, conforme a cúpula da segurança no Estado serão punidos. As imagens revelam nitidamente cenas de tortura (agressão física) e abuso de autoridade contra o grupo de presos que em momento algum esboçou reação.
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